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sábado, 28 de abril de 2012

A crise geral da economia européia no século XVII. Eric Hobsbawn.

            O auto desse texto trabalha na linha marxista. Argumenta que muitas vezes as tradições são inventadas por leis nacionais para justificar a existência e importância de suas respectivas nações. Nessa obra debruça-se no entendimento e discussão das origens do capitalismo moderno.
            No texto inicia as discussões tratando a crise do século XVII, na Europa como diferente das outras, e responsável pelo triunfo do capitalismo. Trata da passagem da economia feudal para o capitalismo, no século XVII o avanço da burguesia não encontrou obstáculos.
            Divide seu texto em tópicos, nessa resenha ressaltarei alguns deles. Um dos tópicos trabalhado pelo autor, PROVAS DE UMA CRISE, trata do que para seu entendimento são provas de que existiu uma crise no século XVII. Inicia seu pensamento destacando que crise não quer dizer regressão, a economia feudal passou por uma crise e o capitalismo triunfou uma evolução econômica, porém é possível considera que houve uma regressão social.
            Alguns argumentos são usados como provas: o mediterrâneo deixa de ser o centro; a Inglaterra estar nesse momento em pleno avanço; trata da crise geral no comércio local; discuti as revoltas sociais ocorridas no século XVII, trata o século XVII, como um período de revoltas sociais, tanto na Europa Ocidental quanto na Europa Oriental, nos trás os principais aspectos, desses acontecimentos considerados como revoltas populares. Defende ainda que a Guerra dos Trinta anos não foi causadora da crise e sim agravadora.
            A maior conseqüência da crise do século XVII foi à ascensão do capitalismo. O autor trata que a principal causa da crise foi à falta de adaptabilidade das estruturas feudais à expansão do capitalismo, a incapacidade de se adequar as novas estruturas intensificou a crise, as estruturas existentes não acompanhavam o capitalismo.
             A acumulação primitiva de capital é segundo o texto o principal causador da desigualdade social. A desigualdade na distribuição de rendas aumenta a capacidade de acumulação de capital nas mãos de poucos. Os indivíduos não poderiam viver como antes, os custos e despesas gerais cresciam mais depressa que os lucros. Poderia até afirmar que a crise do século XVII, é resultado da concentração do poder econômico.
            Esse texto trata de uma época que se for tratar de datas é considerável longe de nos, mas se atentarmos ao conteúdo do que se trata no texto é bastante próximo dos nossos dias. A guerra política e econômica pelo poder que existiu durante aquela época estar presente nos nossos dias; a desigualdade social, conseqüente da acumulação de capitais nas mãos de poucos. O Brasil hoje ocupa o quinto lugar na economia mundial, uma importante posição e situação no cenário nacional e internacional, porém com grandes desigualdades sociais. Situação bastante parecida com o que acontecia na Europa do século XVII, a economia vivia um avanço em termos de acumulação de riquezas, mas a vida social estava se defasando, muita riqueza nas mãos de poucos e grande parte da sociedade com quase nada, preços altos e lucros poucos, gerando uma grande desigualdade social. Aqui se trata de um texto que trás aspectos de quase quatro séculos passados e que ainda é um assunto bastante presente e atual, muitos desses aspectos como foi descrito acima estar presente nos nossos dias.

sábado, 14 de abril de 2012

UTOPIA- THOMAS MORUS



Utopia, trata-se uma obra muito famosa de Thomas Morus, este autor autor é considerado como um dos grandes humanistas do Renascimento.

O livro fala do encontro de Thomas Morus, seu amigo Peter Gilles, e um velho estrangeiro chamado Raphael Nonsenso no jardim do hotel de More, na Antuérpia. Raphael é um antigo marinheiro que viajou com Américo Vespúcio.
Após a morte de Vespúcio, Raphael continuou a viajar para novos lugares, incluindo Utopia, apesar de Utopia significar lugar algum, ela representava uma ilha com uma comunidade perfeita, nessa descrição é perceptivel a critica que o autor trás, uma terra perfeita só poderia chamar Utopia, porque na minha opinião essa busca pela perfeição é upotico principalmente, por um lugar perfeito de se morar.
Sua descrição da terra ideal compreende o escopo da estória. Sua descrição é feita com base numa comparação da Inglaterra do seu tempo Utopia é um lugar onde não há propriedade privada, onde todos trabalham, mas sem exageros. Os moradores de Utopia trabalham por três horas pela manhã e por três horas a tarde com um intervalo de duas horas no meio. Os empregos não dependem da pessoa ser homem ou mulher ou da sua formação anterior. Todos em Utopia vestem uma mesma roupa lisa. Os moradores de Utopia adultos não usam jóias; eles consideram os metais preciosos e as jóias como brinquedos para crianças. Utopia é uma localidade, com caracteristicas socialistas.

A concepção da ilha de Utopia está centrada na minha opinião em duas idéias: a não existência da propriedade privada é a primeira. A segunda é o alcance dos interesses individuais. Esses conceitos são centrais na obra. Todo os outros elementos do funcionamento tanto dos costumes, quanto da cultura, como do governo são diretamente ligados a esses pontos. O autor vê a propriedade privada como maldade do homem. Podemos entender, a partir da obra, como propriedade privada a desigualdade material, e se refere muito mais a propriedade privada como vemos hoje, do que à concentração de riquezas por direito de posse, como no caso da nobreza européia tradicional. Da mesma forma, a necessidade de ver a sociedade como um conjunto e de subordinar os interesses individuais aos coletivos são a única maneira de alcançar prosperidade e progresso, para o autor. É uma obra escrita a tanto tempo e a todo momento encontro argumento e descrições muito parecidas com os tempos atuais.
Uma passagem do livro descreve a chegada de estrangeiros. Eles usavam as jóias e as vestimentas das cortes européias e perceberam que seus jogos de prestígio não iria funcionar em Utopia, e eles tiraram as jóias.
Em um certo momento, os leitores, segundo alguns criticos, são tentados a pensar que estas são as visões idealísticas de More, assim como o personagem de sua história, ele leva um certo tempo para aceitar todo o estilo de vida utopiano.
Utopia na verdade é um ataque uma crítica a sociedade do renascimento cristão europeu. Ironicamente, os habitantes de Utopia são pagãos, apesar de que, na prática, eles são melhores cristãos que os cristãos europeus. Em outras palavras, os habitantes de Utopia são pacíficos, amáveis e respeitáveis. É ensinado a cada criança a cultivar a terra e sua educação artística liberal não tem fim em uma determinada idade. More não concorda com todas as práticas dos moradores de Utopia, ele permanece com muitas de suas idéias. Assim, o livro termina com More dando conta de que Inglaterra e Europa jamais irão adotar uma visão utopiana. Enfim o livro é uma completa utopia.
Para compreender melhor a obra é necessario perceber o tempo e o espaço histórico da época de More, onde  a terra era a principal fonte de riqueza e trazia consigo também poder político e status. Na Inglaterra, ela já era considerada uma mercadoria e a nobreza inglesa  cada vez mais passaria a pensar como a burguesia. As enclosures que fazem parte desse processo de transformação da terra em propriedade privada e, por conseqüência, mercadoria, vão resultar na necessidade dos camponeses assalariarem-se e aqueles que até então conseguiram produzir para si, nas terras comunais, vão tornar a ser explorados por um grupo de proprietários. E é dessa forma que é entendido o trabalho por More. Para ele, se há escassez de alimentos e desigualdade, é porque alguns estão trabalhando por outros. O trabalho, assim como a riqueza, deveria ser distribuído igualmente a todos. O trabalho, como vê em seu tempo, é apropriado por um exército de inúteis: clero, nobreza militar, comerciantes, proprietários de terra, donos de empresa, funcionários do estado e outros que estariam parasitando a sociedade e impedindo a felicidade comum. Nos cálculos de More, se toda essa casta de parasitas se também trabalhassem em algo produtivo, como na indústria ou agricultura, haveria suprimento suficiente para todas as necessidades da sociedade, assim como é descrito em Utopia. A miséria da qual More fala não é a dos mendigos das cidades medievais, é aquela resultado da necessidade de exploração do camponês. A descrição que Thomas More faz da Inglaterra de seu tempo é tão familiar ao leitor do século XX, capitalista, que chega a ser um instrumento de possível contestação da teoria de Max Weber sobre a origem do capitalismo. (parágrafo baseado no Klepsidranet)
            Enfim, toda a obra, em todas as passagens faz jus o seu título, UTOPIA.


DISCURSO DO MÉTODO

DISCURSO DO MÉTODO
para bem conduzir a própria razão
e procurar a verdade nas ciências
Discurso do Método de René Descartes é uma das mais famosas obras da literatura filosófica, sendo por muitos considerado o texto fundamente da ruptura cultural que da origem a Filosofia Moderna. O texto é composto de seis partes onde o autor, partindo de um relato de sua biografia intelectual, expõe de maneira clara e sucinta os grandes traços de seu novo sistema filosófico.
A primeira observação que faço com relação a essa obra, é que não é intenção do autor que seu texto se torne uma leitura acadêmica, seu objetivo não é escrever sobre um método para as pessoas seguirem. Possui uma linguagem vulgar. Mesmo assim acaba criando um método, o CARTESIANO, que é usado no meio acadêmico, seu puiblico alvo é a população comum. Utiliza exemplos do seu cotidiano, sendo as vezes sua obra confundida com uma autobiografia, devido ao uso pelo autor de exemplos do seu cotidiano. Utiliza pensamento teocentrico e ao mesmo tempo racionalista. Utiliza de um modelo de pensamento da verdade revelada, na teologia a verdade é revelada apenas ao papa.
            No ponto de vista do método, o autor trás uma esquematização do método:
·         PROBLEMATIZAÇÃO
·         DECOMPOSIÇÃO
·         RECOMPOSIÇÃO
·         REVISÃO
Esses são elementos, propostos por Descartes para o entendimento da verdade. O autor aborda que é necessário questionar para buscar a verdade, a verdade é constituída através do questionamento.