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sábado, 14 de abril de 2012

UTOPIA- THOMAS MORUS



Utopia, trata-se uma obra muito famosa de Thomas Morus, este autor autor é considerado como um dos grandes humanistas do Renascimento.

O livro fala do encontro de Thomas Morus, seu amigo Peter Gilles, e um velho estrangeiro chamado Raphael Nonsenso no jardim do hotel de More, na Antuérpia. Raphael é um antigo marinheiro que viajou com Américo Vespúcio.
Após a morte de Vespúcio, Raphael continuou a viajar para novos lugares, incluindo Utopia, apesar de Utopia significar lugar algum, ela representava uma ilha com uma comunidade perfeita, nessa descrição é perceptivel a critica que o autor trás, uma terra perfeita só poderia chamar Utopia, porque na minha opinião essa busca pela perfeição é upotico principalmente, por um lugar perfeito de se morar.
Sua descrição da terra ideal compreende o escopo da estória. Sua descrição é feita com base numa comparação da Inglaterra do seu tempo Utopia é um lugar onde não há propriedade privada, onde todos trabalham, mas sem exageros. Os moradores de Utopia trabalham por três horas pela manhã e por três horas a tarde com um intervalo de duas horas no meio. Os empregos não dependem da pessoa ser homem ou mulher ou da sua formação anterior. Todos em Utopia vestem uma mesma roupa lisa. Os moradores de Utopia adultos não usam jóias; eles consideram os metais preciosos e as jóias como brinquedos para crianças. Utopia é uma localidade, com caracteristicas socialistas.

A concepção da ilha de Utopia está centrada na minha opinião em duas idéias: a não existência da propriedade privada é a primeira. A segunda é o alcance dos interesses individuais. Esses conceitos são centrais na obra. Todo os outros elementos do funcionamento tanto dos costumes, quanto da cultura, como do governo são diretamente ligados a esses pontos. O autor vê a propriedade privada como maldade do homem. Podemos entender, a partir da obra, como propriedade privada a desigualdade material, e se refere muito mais a propriedade privada como vemos hoje, do que à concentração de riquezas por direito de posse, como no caso da nobreza européia tradicional. Da mesma forma, a necessidade de ver a sociedade como um conjunto e de subordinar os interesses individuais aos coletivos são a única maneira de alcançar prosperidade e progresso, para o autor. É uma obra escrita a tanto tempo e a todo momento encontro argumento e descrições muito parecidas com os tempos atuais.
Uma passagem do livro descreve a chegada de estrangeiros. Eles usavam as jóias e as vestimentas das cortes européias e perceberam que seus jogos de prestígio não iria funcionar em Utopia, e eles tiraram as jóias.
Em um certo momento, os leitores, segundo alguns criticos, são tentados a pensar que estas são as visões idealísticas de More, assim como o personagem de sua história, ele leva um certo tempo para aceitar todo o estilo de vida utopiano.
Utopia na verdade é um ataque uma crítica a sociedade do renascimento cristão europeu. Ironicamente, os habitantes de Utopia são pagãos, apesar de que, na prática, eles são melhores cristãos que os cristãos europeus. Em outras palavras, os habitantes de Utopia são pacíficos, amáveis e respeitáveis. É ensinado a cada criança a cultivar a terra e sua educação artística liberal não tem fim em uma determinada idade. More não concorda com todas as práticas dos moradores de Utopia, ele permanece com muitas de suas idéias. Assim, o livro termina com More dando conta de que Inglaterra e Europa jamais irão adotar uma visão utopiana. Enfim o livro é uma completa utopia.
Para compreender melhor a obra é necessario perceber o tempo e o espaço histórico da época de More, onde  a terra era a principal fonte de riqueza e trazia consigo também poder político e status. Na Inglaterra, ela já era considerada uma mercadoria e a nobreza inglesa  cada vez mais passaria a pensar como a burguesia. As enclosures que fazem parte desse processo de transformação da terra em propriedade privada e, por conseqüência, mercadoria, vão resultar na necessidade dos camponeses assalariarem-se e aqueles que até então conseguiram produzir para si, nas terras comunais, vão tornar a ser explorados por um grupo de proprietários. E é dessa forma que é entendido o trabalho por More. Para ele, se há escassez de alimentos e desigualdade, é porque alguns estão trabalhando por outros. O trabalho, assim como a riqueza, deveria ser distribuído igualmente a todos. O trabalho, como vê em seu tempo, é apropriado por um exército de inúteis: clero, nobreza militar, comerciantes, proprietários de terra, donos de empresa, funcionários do estado e outros que estariam parasitando a sociedade e impedindo a felicidade comum. Nos cálculos de More, se toda essa casta de parasitas se também trabalhassem em algo produtivo, como na indústria ou agricultura, haveria suprimento suficiente para todas as necessidades da sociedade, assim como é descrito em Utopia. A miséria da qual More fala não é a dos mendigos das cidades medievais, é aquela resultado da necessidade de exploração do camponês. A descrição que Thomas More faz da Inglaterra de seu tempo é tão familiar ao leitor do século XX, capitalista, que chega a ser um instrumento de possível contestação da teoria de Max Weber sobre a origem do capitalismo. (parágrafo baseado no Klepsidranet)
            Enfim, toda a obra, em todas as passagens faz jus o seu título, UTOPIA.


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