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sábado, 9 de junho de 2012

  AUTOAVALIAÇÃO

Autoavaliação é um método muito importante, pois leva o aluno a refletir sobre sua aprendizagem, e até mesmo analisar a forma de como o professor estar transmitindo os conteúdos e o caminho de sua metodologia.
O papel do professor na minha visão é de juntamente com o aluno construir um conhecimento, para tornar esse aluno hábil em relação aquilo que ele está aprendendo. Foi principalmente desse papel do professor que eu, como aluna de História Moderna II, sentir falta. Venho novamente descordar do método dos micro-debates, não entendo-o como uma metodologia aproveitável na construção do conhecimento, muitos textos ficam maus discutidos e os textos que os alunos que não comparecem para apresentar, esses sim ficam ainda mais maus discutidos. Em minha opinião texto mal discutido é conhecimento pendente.
Partindo da questão das discussões dos textos, venho a colocar alguns aspectos sobre os textos apontados no cronograma da disciplina. Tenho consciência de que textos clássicos precisam ser lidos, porém compreendo que não precisamos passar todo o semestre apenas lendo textos desse tipo, acredito que o professor pode rever e buscar textos mais didáticos, que façam os alunos terem mais vontades de ler e resenha sobre os textos indicados pela disciplina, encontrei inúmeros textos publicados mais recentemente, que abordam os conteúdos de História Moderna.  E ainda, sinto falta da ajuda do professor para compreender melhor os textos, acho que ao final da maioria das aulas os assuntos ficam vagos. Percebo que não há planejamento ou um roteiro seguido pelo professor para facilitar a compreensão e a exposição dos conteúdos.
Reconheço que eu poderia não só esperar pelo professor e ter pesquisado mais, ainda pretendo buscar textos que abordem os conteúdos estudados para compreender melhor os assuntos de História Moderna.
Acredito que a minha postura tenha sido compatível com a postura do professor, atribuo ao meu desempenho à nota de 8,5 (oito e meio). 
Verbetes Políticos da Enciclopédia

Autoridade Política- Diderot
            Não é direito natural comandar o outro. Quem faz o uso da razão possui a liberdade.  A autoridade política tem origem em duas fontes violência e força.
            O poder adquirido pela violência só dura enquanto a força daquele que comanda for maior do que a força dos que obedece, a lei é de fato do mais forte. E o poder divino é justo e regrado. Sendo assim a submissão deve ser razoável, na minha opinião, Diderot faz uma crítica ao poder que os soberanos se diz possuidor, o poder divino, é possuidor porque é escolhido por Deus.
            O príncipe recebe dos súditos a autoridade que exerce sobre eles., autoridade limitada por leis da natureza e do Estado. O príncipe não pode dispor de seu poder e de seus súbitos sem o consentimento da nação.
            O governo é um bem público, nunca deve ser tirado das mãos do povo. Não o Estado que pertence ao príncipe é o príncipe que pertence ao Estado, mais cabe ao príncipe governa ao Estado e o povo a se submeter ao príncipe de acordo com as leis. O príncipe estar sempre a disposição e agindo conforme a nação. A coroa, o governo e a autoridade pública são bens de propriedade da nação.  
Dito por Diderot, as condições de príncipe, ele traz as condições dos súbitos, a natureza e a religião lhes impõem respeitar as condições do contrato para nunca perder de vista a natureza de seu governo.

Cidade
Diderot    
            A cidade é uma sociedade de varias famílias.
                                                           Democracia
                                               Chevalier de Jaucourt
            A democracia é a forma mais simples de governo, na qual o povo tem a soberania. Se a soberania estar nas mãos  do povo temos um democracia,  se a soberania estar nas mãos de parte do povo temos uma aristocracia. Não é a forma mais fácil de governar.
            O autor esboçar as leis fundamentais que constituem as democracias e o princípio que podem conservá-las e mantê-las. O autor destaca como importante que em uma democracia cada cidadão não tem poder soberano, nem mesmo uma parte dele. Este poder reside na assembléia do povo convocada segundo aas leis. Assim o povo em uma democracia é soberano e súbito.
                                                           Despotismo
                                                   Chevalier de Jaucourt
            Despotismo é o governo tirano e absoluto de um só homem. O autor trata dentro desse conteúdo do principio do caráter, partindo dos escritos celebres, que defende a obediência a um monarca. O poder deste governo estar acima de tudo, as vezes até mesmo de Deus.
           
                                                    Direito natural
                                                         Diderot
            O conceito de direito natural estar na existência de um direito fundado na natureza das coisas e, na vontade divina, no direito justo.

                                                        República
                                               Chevalier de Jaucourt
            República por Chevalier de Jaucourt é definida como uma forma de governo na qual o povo, em corpo, ou somente um aparte dele, detém o poder soberano. Quando o povo tem o poder soberano é uma democracia, quando o poder estar nas mãos de poucos é uma aristocracia, quando vários corpos políticos possuem poder formam uma Republica Federativa.
                                              
                                                           Sociedade
                                                      Boucher d’ Argir
            Os homes foram criados para viverem em sociedade. Se não tivessem sidos criados para isso, Deus havia lhes dado total condições de viverem isolados. A sociedade é necessária ao homem, Deus lhe deu uma constituição, faculdades, talentos que o tornam próprios a este estado.
           
                                                           Tirania
Chevalier de Jaucourt
            Tirania é o governo injustamente exercido, sem o freio das leis, ele (o governo) é a lei. Um tirano, um ditador de toas as regras sociais, econômicas, religiosas e principalmente políticas.

                                               A  Revolução Francesa

SOBOUL, Albert. A Revolução Francesa. (P.7-109)
            A Revolução Francesa, ocorrida no século XVIII, dever ser enquadrada no ciclo revolucionário das revoluções burguesas que combatiam o Antigo Regime e conseqüentemente criou condições para a fixação do sistema capitalista como modo de produção dominante no mundo Ocidental Contemporâneo. Em sentido mais próprio dessa revolução em discussão, pode ser entendida também como uma luta da burguesia francesa, na sua corrida em direção ao poder. A Revolução Francesa realizou a unidade nacional com a destruição do Antigo Regime senhorio e as ordens feudais.
            O autor faz uma crítica a historiografia da Revolução Francesa, no que diz respeito à discussão das causas da revolução.
            O texto aponta algumas causas a essa revolução, a primeira causa levantada é o objetivo de abolir em toda parte o resto das instituições da Idade Média. Atribuindo o papel da Revolução como o destruir o feudalismo para assegurar a transição para a sociedade capitalista. A crise no setor agrícola, gerada pela escassez de produtos, elevação dos preços dos alimentos, desemprego rural e êxodo rural, causada, em grande parte, pela grande estiagem e pela manutenção da estrutura feudal no campo; a crise no setor manufatureiro.
            O texto estar tratando de um cenário de uma sociedade onde a riqueza era tudo, ser rico era ser nobre, ser rico era conservar um a condição de nobre. De um período em que a aristocracia iniciou um luta contra o absolutismo para restabelecer sua preponderância política e salvaguardar privilégios sociais ultrapassados, essa revolta abriu caminho ao Terceiro Estado. Já havia uma pequena e média burguesia, constituindo os traços da sociedade francesa.
            Durante a Revolução os camponeses que viviam em plena desigualdade tiveram um papel menos importante do que os outros segmentos da sociedade francesa daquele momento. As classes populares formaram o motor da revolução burguesia, conquistaram espaço na sociedade e moveram a revolução, lutas sociais e políticas enxertaram a Revolução.
            Em 1789, a revolução nasce numa crise econômica, em uma sociedade com grandes problemas sociais, com um custo de vida alterado pela alta dos preços, causando um aumento da miséria popular, nesse aspecto é possível afirmar que a fome mobilizou o povo a lutas, multiplicando as lutas sociais.
            Século XVIII, grandes transformações, grande expansão urbana, acompanhados de um caos social.
            Crise política, econômica, social girava em todos os setores que compunham a sociedade francesa daquele momento.
            Com a Revolução a feudalidade foi destruída em sua forma institucional e jurídica, porem na sua realidade econômica foi mantida. A assembléia Nacional instituída durante a revolução destrói completamente o regime feudal.
            Uma revolução de caráter burguês, uma crítica ao absolutismo, ao mercantilismo e aos privilégios da nobreza e do clero, enfim uma crítica as bases do Antigo Regime, diante disso é considerada a Revolução o marco da Idade Contemporânea. A revolução é constituída por varias fases, a mais polêmica delas é a fase conhecida como o Terror (setembro de 1793 a julho de 1794).
            Foi designado o termo Terror para essa fase por ter sido um momento de reivindicação popular pelo uso da violência contra os opositores a revolução.
            O Terror foi colocado em prática em setembro de 1793 legitimado pelo temor e perigo. Os Jacobinos que estavam no poder desde junho de 1793 acreditavam que a única forma de manter a Revolução era suspender a Constituição do ano II, conceder maior poder ao Comitê de Salvação Pública e impor o Terror. Nem todos concordavam com essa medida.
            A burguesia, desde julho de 1789, se esforçou por estabilizar a ação estabilizar a ação revolucionária, controlar e derivar em seu proveito o impulso espontâneo das massas, na verdade a burguesia desejava controlar a massa. Além disso a burguesia desejava a liberdade econômica. A liberdade da propriedade derivou da abolição da feudalidade. Buscavam individualismo, conquistaram a liberdade de cultura. Todas essas liberdades estavam voltadas a criar e produzir, procurar o lucro e desfrutar à sua maneira. A revolução buscava que os homens fossem senhores de si mesmo, para poder escrever, falar, imprimir e publicar livremente.
            A Revolução buscava igualdade a todos, ao ler o texto é notável que toda essa busca foi realizada pela burguesia, que na verdade, buscava o que era conveniente ao seu desenvolvimento, a sua conquista pelo seu espaço.
            A Revolução Francesa ocupa um lugar importante na História do Mundo Contemporâneo.

           
                                   AS REVOLUÇÕES BURGUESAS
FLORENZANO, Modesto. As Revoluções Burguesas. P.p. 67-115.

            O texto traz uma discussão onde aborda os motivos e as circunstâncias de como a burguesia tomou o poder. Florenzano chama atenção para o caráter pouco revolucionário da classe burguesa, que teoricamente traria em si a possibilidade de realização de uma nova sociedade. Relembrando a Revolução Inglesa e a Revolução Francesa o texto traça como à burguesia conquistou a dominação e a hegemonia política do mundo contemporâneo. 
            Com relação à Revolução Inglesa, expõe sobre as transformações econômico-sociais, que teve maior repercussão nas estruturas sociais do país. Diante dessas transformações a terra ganha valor monetário, passa a ser mercadoria, bem que traz prestígio social e poder.
            Em todo o continente o absolutismo consolidava sua posição e na Inglaterra a monarquia inglesa estava em plena evolução, o texto em sua discussão busca compreender as circunstâncias dessa evolução particular, a mais provável seria a questão de não existir no país forças centrífugas ameaçadoras à unidade política e cuja submissão exigisse a constituição de uma poderosa máquina burocrática e militar.
            Em meio a essa discussão o autor descreve os reinador de Henrique VIII e Elisabeth I, que são os monarcas mais poderosos de toda a história, e segue traçando as diferenças entre esses governos. Henrique promoveu a Reforma religiosa, quando se ler Reforma Religiosa, a primeira impressão é que seria uma reforma em termos de religião, porém na verdade essa reforma é muito mais de caráter político do que propriamente religioso. Para as monarquias absolutistas da época moderna, a Igreja era, ou deveria vir a ser, um verdadeiro aparelho ideológico do Estado realizando as funções de controle social de legitimação política que hoje cabem à escola, televisão, propaganda, etc. (P.83). Foi idealizada a Igreja Anglicana, a igreja a o governo daquele momento precisava.
            Além de descrever os governos dos TUDOR (Elisabeth e Henrique VIII), descreve também o governo dos Stuart (Jaime I e Carlos I) que governavam com um único objetivo que era estabelecer uma verdadeira monarquia absolutista.
            Segue o texto trazendo as idéias bases da revolução, traz como as três bases intelectuais da revolução:
·         A primeira tinha como foco o puritanismo
·         Outra vertente foi a do Direito comum
·         A terceira foi à ideologia do “país” em oposição à da “corte”. “Obediência versus consciência; Direito Divino versus Constituição Equilibrada; beleza do culto versus austeridade puritana. Corte versus país.” (P.90).
Traça uma pequena discussão sobre A Grande Rebelião (1640-1642) e sobre A Guerra Civil (1642-1648), A República de Cromwell (1649-1658) e traz um pouco sobre a Restauração e a Revolução Gloriosa de 1688.
            O objetivo da Restauração era que o país voltasse à situação jurídica existente em 1642, assim o Parlamento ficaria como o soberano político da nação. Um Parlamento oligárquico que representavam os interesses das classes proprietárias, principalmente rural. O Estado e a Igreja, isto é, política e religião firam separados. Uma Restauração de caráter conservador.
Em 1640-1660- foi presenciada a destruição de um tipo de Estado de um tipo de Estado e a introdução de uma nova estrutura política dentro da qual o capitalismo podia desenvolver-se livremente. A burguesia na verdade em sua revolução tenta ocupar o lugar da nobreza antes existente como classe mais poderosa. Surgiu uma nova ordem que segundo o autor sem revolução não alcançaria.