Páginas

sábado, 9 de junho de 2012

                                   AS REVOLUÇÕES BURGUESAS
FLORENZANO, Modesto. As Revoluções Burguesas. P.p. 67-115.

            O texto traz uma discussão onde aborda os motivos e as circunstâncias de como a burguesia tomou o poder. Florenzano chama atenção para o caráter pouco revolucionário da classe burguesa, que teoricamente traria em si a possibilidade de realização de uma nova sociedade. Relembrando a Revolução Inglesa e a Revolução Francesa o texto traça como à burguesia conquistou a dominação e a hegemonia política do mundo contemporâneo. 
            Com relação à Revolução Inglesa, expõe sobre as transformações econômico-sociais, que teve maior repercussão nas estruturas sociais do país. Diante dessas transformações a terra ganha valor monetário, passa a ser mercadoria, bem que traz prestígio social e poder.
            Em todo o continente o absolutismo consolidava sua posição e na Inglaterra a monarquia inglesa estava em plena evolução, o texto em sua discussão busca compreender as circunstâncias dessa evolução particular, a mais provável seria a questão de não existir no país forças centrífugas ameaçadoras à unidade política e cuja submissão exigisse a constituição de uma poderosa máquina burocrática e militar.
            Em meio a essa discussão o autor descreve os reinador de Henrique VIII e Elisabeth I, que são os monarcas mais poderosos de toda a história, e segue traçando as diferenças entre esses governos. Henrique promoveu a Reforma religiosa, quando se ler Reforma Religiosa, a primeira impressão é que seria uma reforma em termos de religião, porém na verdade essa reforma é muito mais de caráter político do que propriamente religioso. Para as monarquias absolutistas da época moderna, a Igreja era, ou deveria vir a ser, um verdadeiro aparelho ideológico do Estado realizando as funções de controle social de legitimação política que hoje cabem à escola, televisão, propaganda, etc. (P.83). Foi idealizada a Igreja Anglicana, a igreja a o governo daquele momento precisava.
            Além de descrever os governos dos TUDOR (Elisabeth e Henrique VIII), descreve também o governo dos Stuart (Jaime I e Carlos I) que governavam com um único objetivo que era estabelecer uma verdadeira monarquia absolutista.
            Segue o texto trazendo as idéias bases da revolução, traz como as três bases intelectuais da revolução:
·         A primeira tinha como foco o puritanismo
·         Outra vertente foi a do Direito comum
·         A terceira foi à ideologia do “país” em oposição à da “corte”. “Obediência versus consciência; Direito Divino versus Constituição Equilibrada; beleza do culto versus austeridade puritana. Corte versus país.” (P.90).
Traça uma pequena discussão sobre A Grande Rebelião (1640-1642) e sobre A Guerra Civil (1642-1648), A República de Cromwell (1649-1658) e traz um pouco sobre a Restauração e a Revolução Gloriosa de 1688.
            O objetivo da Restauração era que o país voltasse à situação jurídica existente em 1642, assim o Parlamento ficaria como o soberano político da nação. Um Parlamento oligárquico que representavam os interesses das classes proprietárias, principalmente rural. O Estado e a Igreja, isto é, política e religião firam separados. Uma Restauração de caráter conservador.
Em 1640-1660- foi presenciada a destruição de um tipo de Estado de um tipo de Estado e a introdução de uma nova estrutura política dentro da qual o capitalismo podia desenvolver-se livremente. A burguesia na verdade em sua revolução tenta ocupar o lugar da nobreza antes existente como classe mais poderosa. Surgiu uma nova ordem que segundo o autor sem revolução não alcançaria.
           

           

Nenhum comentário:

Postar um comentário